terça-feira, 15 de setembro de 2015

Você sofre de Impotência Adquirida?


Você conhece alguma pessoa que já experimentou muitos fracassos em alguma coisa na vida e por consequência disso, deixou de realizar grandes sonhos e alcançar seus ideais?

Essa pessoa pode estar sofrendo de um problema chamado Impotência Adquirida.

Em 1965, um psicólogo especializado no tratamento da depressão chamado Martin Seligman fez um experimento curioso (para não falar sádico), A experiência consistia em aplicar choques em cachorros presos pela coleira. Ao repetir este experimento diversas vezes, ele condicionou-o a aceitar o choque. Os cachorros simplesmente fechavam os olhos ao tomar choque, ao invés de tentar se soltar desesperadamente da coleira, como nas primeiras vezes.

O interessante mesmo aconteceu na segunda etapa. Os mesmos cachorros foram colocados em outro ambiente, no qual era possível escapar. Ao levar o choque, 2/3 dos cachorros não tentavam fugir, eles simplesmente aceitavam e sofriam. Desta maneira, Martin provou sua teoria da Impotência Adquirida. (learned helplessness).

Muitas pessoas que tiveram alguma experiência negativa, de derrota ou perda de controle, acabam adquirindo um trauma e agindo como os cachorros do exemplo. Essas pessoas "aprendem" que nada podem fazer para mudar a situação, e quando uma oportunidade aparece, deixam de aproveitá-la. 

Este comportamento, levado ao limite, levam a depressão ou ao conservadorismo exagerado, quando o sentimento de futilidade em seus atos acaba contaminando suas decisões e ambições.

A pessoa experimenta um sentimento de impotência, descontrole e desamparo total. Resultado do impacto de duas convicções: 

Uma seria de Permanência: A pessoa acredita que os "problemas são permanentes". E a segunda seria a de Difusão: Que generaliza o problema particular para todas as outras áreas da vida. "Eu sou desastroso em tudo". 

Uma boa solução neste caso, tanto para a Permanência, quanto para a Difusão seria pegar algo em sua vida que pode controlar e comece a agir nesse sentido. À medida, que o fizer, alguma das convicções limitadoras vão desaparecer.

Por que é importante rever suas convicções, questioná-las sempre?

Porque todas as conquistas pessoais começam com uma mudança nas convicções. Sendo assim, como mudamos? O meio mais eficaz é fazer seu cérebro associar uma dor maciça à antiga convicção. Você deve sentir lá no fundo que não apenas essa convicção lhe custou dor no passado, mas também está custando no presente, e vai lhe custar no futuro. Depois, associe um tremendo prazer à ideia de adotar uma convicção nova e fortalecedora. Este é o padrão básico, que analisaremos muitas e muitas vezes, para criar mudança em nossa vida. 

Convicção é um sentimento de certeza em relação a algo. 

Se você questiona qualquer coisa com bastante insistência, acabará por duvidar. Isso coisas em que acredita de uma forma absoluta, "acima e além de qualquer dúvida". 

Se não encararmos o fracasso como um desafio para mudar nosso enfoque, mas sim como um problema só nosso, como um defeito de personalidade, vamos nos sentir imediatamente sufocados.

Afinal, como mudar toda a sua vida? Não é mais difícil do que apenas mudar suas ações numa área determinada?


Evite assumir a convicção do problema personalizado. Como pode encontrar a inspiração se condena a si mesmo?

Manter essas convicções limitadoras é equivalente a ingerir sistematicamente minúsculas doses de arsênico, que ao longo do tempo se acumulam para constituir uma dose fatal. Podemos não morrer de imediato, mas começamos a morrer emocionalmente no momento em que partilhamos. Por isso, temos de evitá-los a qualquer custo. Lembre-se! Na medida em que você acredita em alguma coisa, seu cérebro opera no piloto automático, faltando qualquer dado externo do ambiente e procurando por referências para confirmar sua convicção, independentemente do fato.

"É a mente que torna bom o doente, que torna a pessoa desgraçada ou infeliz, rica ou pobre." Edmund Spenser

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